Apeoesp preocupa-se com violência nas escolas e cobra medidas do Estado
Em nota de solidariedade à comunidade da Escola Estadual Thomazia Montoro e pesar pela morte da professora Elizabeth Tenreiro, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado …

Em nota de solidariedade à comunidade da Escola Estadual Thomazia Montoro e pesar pela morte da professora Elizabeth Tenreiro, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) reiterou que a questão da violência nas escola é preocupação central e não pode mais prescindir de medidas de prevenção, por parte do governo do Estado.
Elizabeth Tenreiro, na foto em destaque, tinha 71 anos, foi atingida por golpes de faca na manhã desta segunda-feira, 27/3, e não resistiu.
Leia a nota, que é assinada pela Professora Bebel, deputada estadual pelo PT e presidenta daApeoesp.
É necessária uma política de prevenção à violência nas escolas
A Apeoesp, Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, expressa sua mais profunda solidariedade às vítimas da brutal agressão ocorrida nesta segunda-feira, 27/3, na E, na capital paulista, quando um adolescente ingressou na unidade armado de faca. O agressor causou a morte da professora Elizabeth Terneiro, feriu as professoras Rita de Cassia Reis e Ana Célia Rosa e um aluno, cujo nome não foi divulgado. Expressamos, também, nossa solidariedade a toda a comunidade escolar.
Casos como este têm sido, infelizmente, cada vez mais comuns na rede estadual de ensino de São Paulo, a maior do país. O agravamento da situação, contudo, não tem sido acompanhado por medidas eficazes por parte do Estado, tanto no sentido de prevenir situações como esta, como de efetivamente combatê-las, reduzindo o número de vítimas e demais consequências.
Medidas para a ampliação da segurança nas escolas são, sem dúvida, importantes, entre elas a instalação de equipamentos como detectores de metais e câmeras nas áreas comuns. Entendemos, contudo, que, sobretudo nas escolas, espaços educativos por excelência, sobressai a importância do fator humano. A instalação de equipamentos e outras soluções tecnológicas, sem que as escolas contem com funcionários e especialistas suficientes para o monitoramento em tempo real e para a análise dos materiais obtidos por esses meios, significará tão somente desperdício de dinheiro público.
É preciso, ademais, pensarmos a prevenção à violência nas escolas de forma mais ampla, principalmente considerando que vivemos um período em que se dissemina o uso de armas e que isso afeta os jovens. São necessárias iniciativas que envolvam a comunidade na conscientização sobre o problema da violência e nas formas de preveni-lo. Também é fundamental que tenhamos em cada unidade escolar psicólogos para dialogar com os estudantes e demais segmentos da comunidade escolar.
A Apeoesp tem uma preocupação central com a questão da violência nas escolas e realiza pesquisas periódicas sobre o tema. Temos tal preocupação que, nesta quarta-feira, 29 de março, divulgaremos dados inéditos sobre uma nova pesquisa.
São Paulo, 27 de março de 2023.
Maria Izabel Azevedo Noronha – Professora Bebel, presidenta da Apeoesp
